Postado por MGsites Suporte em 20/dez/2023 -
A terapia com vapor de água REZUM desenvolvido pela Boston Scientific é um procedimento minimamente invasivo que usa a energia natural armazenada no vapor de água para encolher as próstatas aumentadas pela hiperplasia benigna.
O procedimento é muito rápido, realizado de forma ambulatorial, sem necessidade de internação hospitalar. O aparelho é introduzido pelo canal da urina com auxílio de uma sedação leve. Durante cada aplicação de 9 segundos vapor de água estéril é liberado e o número de tratamentos vai depender do tamanho da próstata. Com o tempo, o tecido tratado com o vapor é absorvido pela resposta inflamatória do organismo, desobstruindo o canal urinário. A maioria dos pacientes começa a sentir o alívio dos sintomas em duas semanas, e o benefício máximo ocorre em torno de 3 meses.
Esse tratamento é normalmente indicado para homens sintomáticos que não podem tomar medicamentos ou que desejam interromper o tratamento e que não estão interessados em tratamentos cirúrgicos mais invasivos. Estudos científicos mostram resultados duradouros em 4 anos com manutenção da melhora dos sintomas urinários e baixas taxas de reoperação além da preservação da função erétil e ejaculatória dos pacientes.
Postado por MGsites Suporte em 01/jun/2020 -
O laser é uma fonte energia amplamente utilizada na Medicina. Especificamente na urologia é empregado com maior frequência para fragmentação e pulverização de cálculos da via urinária. A Hiperplasia prostática (HPB) é uma outra condição urológica na qual o laser tem tido um papel de destaque cada vez maior. Existem diferentes fontes geradoras de laser como o Holmium, Thulium, o Green Light e mais recentemente o laser de fibra de Thulium. Cada um deles tem suas características funcionais, vantagens e desvantagens. As técnicas mais empregadas para o tratamento da HPB utilizando o laser são a vaporização e a enucleação. A enucleação endoscópica anatômica utilizando o Holmium laser (HOLEP) é o procedimento com laser que mais utilizamos para tratar a hiperplasia prostática.
O tratamento com laser para próstata já é realizado em todo mundo há algum tempo e já existem dados científicos que comprovam sua segurança e resultados eficazes a médio e longo prazo se comparados com os tratamentos até então tradicionais como RTU de próstata e cirurgia aberta.
O Guideline para tratamento de HPB da EAU (Sociedade Européia de Urologia) coloca o tratamento com laser (Holmium / Thulium) como a primeira opção em diversas situações e como o único método que pode ser utilizado em qualquer tamanho de próstata.
O Holmium laser é uma fonte de energia versátil e pode ser utilizado tanto no tratamento de cálculos como para o tratamento da HPB. Normalmente é necessário um equipamento de potência mais alta para realizar a enucleação da próstata. O HoLEP é a enucleação endoscópica (pelo canal da urina) anatômica da próstata utilizando a energia do laser de Holmium.
A técnica cirúrgica usa a anatomia natural da próstata como referência para remover somente o adenoma prostático, o tecido que cresceu entupindo o canal. O urologista opera “descascando” o tecido crescido da cápsula da glândula, preservando essa parte da próstata. Uma vez localizadas as camadas certas, cada lóbulo da próstata é retirado em bloco. Nesse caso, os lobos são empurrados para a bexiga, onde são fragmentados e aspirados por outro equipamento especial chamado morcelador.
Um dos principias diferenciais da técnica é a durabilidade dos resultados. A próstata pode voltar a crescer após os procedimentos, mas a chance de uma nova ooperação em pacientes submetidos a HOLEP é de menos de 1% em 10 anos, enquanto até 15% dos pacientes submetidos a RTU de próstata podem necessitar de uma nova operação.
A forma mais eficaz de desentupir o canal da urina obstruído pela próstata aumentada é com a enucleação da próstata. Isso significa uma maior chance de recuperação da função da bexiga e do paciente não precisar de usar sonda ou de fazer cateterismo mesmo naqueles casos em que a bexiga já está muito doente ou fraca.
Postado por MGsites Suporte em 01/jun/2020 -
A Prostatectomia radical (PR) é a remoção cirúrgica de toda a próstata e das vesículas seminais. Esse procedimento é utilizado no tratamento do câncer de próstata e a indicação no seu caso deve ser discutida individualmente com seu urologista. O objetivo dessas recomendações é tirar algumas das dúvidas mais frequentes que você possa ter relacionadas ao procedimento.
A prostatectomia radical pode ser realizada através de cirurgia aberta ou por laparoscopia pura ou com auxílio da plataforma robótica. Em todos os procedimentos a próstata e as vesículas seminais são totalmente removidas e bexiga e a uretra são conectadas através de pontos. Uma sonda é passada pelo pênis para ajudar na cicatrização. Essa sonda é removida em torno de 7 dias após o procedimento. Em alguns casos existe necessidade também de remover os linfonodos (gânglios) da região pélvica. A inidicação desse procedimento é definida pelo seu urologista no pré operatório. No caso da cirurgia aberta, uma incisão é feita na sua parede abdominal ou períneo por onde o cirurgião acessa diretamente a próstata.
Na cirurgia laparoscópica pequenos tubos de plástico ou metal são introduzidos por pequenas incisões na sua parede abdominal. Uma câmera é introduzida por um desses tubos e o seu urologista consegue ter uma boa visão da sua próstata em um monitor.
O procedimento laparoscópico pode ser realizado com o auxílio da plataforma robótica que fornece uma visão 3-D ainda melhor da próstata, dos vasos sanguíneos e dos nervos ao redor da próstata além de proporcionar ao cirurgião movimentos mais precisos e delicados.
Clique aqui para saber qual o impacto da prostatectomia radical na vida do homem.
Alguns exames laboratoriais serão solicitados, como cultura de urina, para identificação de possíveis germes; avaliação da coagulação; hemograma e creatinina.
Medicações que alteram a coagulação, como anticoagulantes e ácido acetilsalicílico, devem ser descontinuados, se possível, de cinco a sete dias antes da cirurgia.
Pacientes cardiopatas ou com mais idade devem ser avaliados pelo cardiologista.
Recomendamos também a avaliação pré-anestésica com médico anestesiologista antes da operação.
Recomendamos uma consulta com a fisioterapeuta da equipe que faz uma avaliação da musculatura e orienta exercícios para o assoalho pélvico, com intuito de facilitar sua recuperação no pós operatório.
Deve ser observado o período de jejum antes do procedimento – 8 horas para alimentos sólidos e até 2 horas para líquidos claros (água, chá e sucos artificiais).
Você receberá um documento chamado consentimento informado com informações sobre sua operação e riscos inerentes ao ato.
Não se esqueça de levar todos os exames, inclusive imagens, documentos e relatórios no dia da sua operação.
Sempre discuta amplamente com seu urologista sobre todas as dúvidas relacionadas às etapas do seu tratamento.
Após o término do procedimento você deverá permanecer um breve período na sala de recuperação anestésica antes de ser encaminhado para o quarto. Ao chegar no quarto, algumas dessas situações poderão ocorrer, veja como lidar com elas:
A presença de sangue na urina no período pós-operatório pode ocorrer e não deve trazer preocupação, desde que não muito intensa e com coágulos que podem obstruir a sonda. Nesse caso as enfermeiras devem ser prontamente comunicadas.
Náuseas também podem ocorrer. Inicialmente serão oferecidos líquidos e, assim que bem tolerados, a dieta sólida pode ser oferecida logo após a operação.
A ocorrência de dor na região dos cortes é comum, porém, é bem tratada e controlada com analgésicos usuais que vamos deixar prescritos para você.
Não há restrição para movimentos após a cirurgia. O único cuidado é ficar algum tempo assentado na cama antes de se levantar. Caso esteja se sentido bem, você poderá levantar-se e andar no mesmo dia da operação. Isso previne a trombose e acelera a recuperação dos movimentos intestinais.
Você vai para casa com a sonda da bexiga. Aproveite para aprender a esvaziar e manusear a sonda enquanto internado. Caso tenha dúvidas sobre seu funcionamento, não hesite em perguntar antes da alta.
A alta hospitalar ocorre geralmente no dia seguinte da operação.
Você deve ingerir muito líquido, pelo menos 2 litros por dia, em pequenas quantidades. Recomendamos também uma dieta mais leve, rica em frutas e vegetais para facilitar o funcionamento intestinal.
Evite atividades físicas extenuantes e pegar peso na primeira semana. Dê um tempo para seu organismo se recuperar nesse período.
Evite deixar a bolsa da sonda muito cheia e a esvazie regularmente. Evite também deixá-la no chão ou pendurada acima da altura do umbigo. Higienize a sonda no banho com água e sabonete.
As feridas normalmente não necessitam de curativo em casa e a limpeza durante o banho com água e sabonete é suficiente.
Alguns sinais de alerta necessitam de avaliação. Não hesite em entrar em contato com a nossa equipe ou procurar o serviço de emergência do hospital no qual o procedimento foi realizado em caso de:
Febre acima de 38.5 grau
Náusea e vômitos frequentes
Dor no peito e dificuldade em respirar
Sangramento na urina em maior quantidade que não melhora com hidratação e na presença de coágulos
Vermelhidão, inchaço e dor exagerada nas feridas abdominais e saída persistente de líquidos pela cicatriz
Urina turva com forte odor e sensação de ardor importante
A primeira consulta com seu urologista deve ser marcada em torno de 7 dias após a alta hospitalar. Nessa consulta a sonda da bexiga será retirada e recomendamos que você leve algum protetor íntimo ou fralda para pequenas perdas de urina que eventualmente ocorram nesse dia.
O primeiro exame de PSA deve ser colhido em torno de 60 dias após a operação. Nessa ocasião o resultado da biópsia será analisado em conjunto ao PSA para definir as próximas etapas do tratamento. O exame de PSA será repetido periodicamente por um bom tempo para a avaliar a eficácia do tratamento.
A operação pode ser o único tratamento necessário para o câncer de próstata em alguns pacientes. Se durante o acompanhamento alguma anormalidade nos exames for detectada, seu urologista irá indicar a melhor forma de lidar com essa situação. Manter o controle nessa fase é essencial para o sucesso do tratamento.
Postado por MGsites Suporte em 01/jun/2020 -
A Ureteroscopia é um procedimento minimamente invasivo normalmente indicado para o tratamento de cálculos renais ou ureterais de até 1,5 a 2cm de comprimento. Pode ser realizada de forma programada, após o diagnóstico de um cálculo renal que gera dor recorrente, infecção ou sangramento urinário. Pode ser realizada em caráter de urgência quando há uma cólica renal intensa com necessidade de ida ao pronto socorro e um cálculo renal ou ureteral obstruindo o rim é identificado.
A cirurgia pode ser realizada com anestesia regional (uma injeção de anestésicos na coluna) ou sob anestesia geral. O ureteroscópio, um aparelho com câmera de alta definição extremamente delicado e fino, é introduzido no ureter após passagem pela uretra (canal da urina) e bexiga. O ureter é um canal longo e tortuoso que comunica a bexiga ao rim e que pode ser muito estreito e delicado em algumas pessoas. Isso pode dificultar a passagem do ureteroscópio até o seu cálculo e nesse caso é mais seguro realizar o implante de um cateter duplo J no ureter por alguns dias para que o procedimento possa ser realizado com maior segurança algum tempo depois.
Existem ureteroscópios semirrígidos que normalmente são utilizados para tratamento de cálculos no ureter e ureteroscópios flexíveis utilizados com frequência nas porções mais altas do ureter e dentro do rim.
Assim que o seu cálculo (pedra) é encontrado no ureter ou no rim, introduzimos através do canal de trabalho do aparelho uma fibra de laser que utilizamos para fragmentação da pedra.
Boa parte dos pequenos fragmentos gerados são removidos usando uma cesta especial através do aparelho enquanto uma outra parte você eliminará espontaneamente durante alguns dias. Normalmente ao final do procedimento é inserido o cateter duplo j que ajuda na cicatrização da operação e protege o seu rim nesse período.
A recuperação após o procedimento costuma ser bastante rápida considerando que o procedimento é minimamente invasivo, sem cortes, realizado por dentro do canal da urina o que gera pouca dor. Após um breve período de recuperação da anestesia, você será encaminhado para o quarto e estará apto para caminhar e se alimentar. A alta hospitalar pode ocorrer no mesmo dia do procedimento ou no dia seguinte.
Alguns sintomas são comuns nesse período:
Ardência ou queimação ao urinar; Urina de coloração avermelhada, por vezes com pequenos coágulos; Desconforto na região da bexiga e/ou do rim ao urinar; Necessidade de urinar mais vezes ao longo do dia;
Estes sintomas tendem a melhorar e ficar mais brandos após os primeiros 3-5 dias de recuperação. Os medicamentos prescritos devem ser utilizados corretamente para melhor conforto nesse período, além de boa ingestão de líquidos.
Enquanto estiver usando o cateter duplo J, você deve evitar esforço físico exuberante. Caminhadas leves e atividades cotidianas estão liberadas. Atividade sexual deve ser evitada, principalmente quando o fio extrator do duplo J for utilizado.
A consulta pós-operatória será programada pelo seu urologista em geral com 7-14 dias. Em caso de dor intensa que não melhora com os remédios prescritos, febre alta, sangramento importante na urina com coágulos ou incapacidade de urinar você deverá comunicar a equipe médica ou procurar o serviço de pronto-atendimento referenciado pelo seu urologista para uma avaliação de urgência. Nos casos que recebem alta com o cateter duplo j, um procedimento para retirada precisa ser agendado. Prevenir a formação de novos cálculos é uma etapa fundamental do tratamento. Recomendamos a análise cristalográfica dos cálculos removidos assim como uma avaliação individualizada com o nefrologista.
Postado por producaomgsites em 27/out/2022 -
O tratamento com o sistema UROLIFT oferece alívio rápido e duradouro para a hiperplasia prostática. Pequenos implantes permanentes são usados para manter aberto o canal obstruído pela próstata crescida que bloqueia o fluxo de urina. Ao contrário dos medicamentos, o tratamento com o sistema UROLIFT aborda diretamente o bloqueio, oferecendo uma solução mecânica para um problema mecânico.
A maioria dos homens que vivem com sintomas de HBP toma medicamentos prescritos após o diagnóstico, embora muitas vezes eles não forneçam alívio adequado e possam causar tontura, fadiga e disfunção sexual. Muitos homens também têm receio de perder as funções sexuais após um procedimento cirúrgico da próstata, especialmente a ejaculação. Outros se preocupam com o uso de sonda e com alterações urinárias no pós-operatório.
O Sistema UROLIFT é uma opção de tratamento muito pouco invasiva para homens que procuram alívio rápido dos sintomas da HBP e que não querem manter uma medicação contínua e que desejam uma intervenção mais segura e com maiores chances de manter as funções sexuais preservadas.
O Sistema UROLIFT é um tratamento realizado sob anestesia, através do canal da urina e que não requer aquecimento, corte ou remoção do tecido da próstata. Pequenos clipes são aplicados no interior do canal abrindo a próstata que obstruía a passagem da urina. O paciente recebe alta no dia do procedimento e normalmente não precisa de sonda para drenar a bexiga. A recuperação é mais rápida que nos procedimentos cirúrgicos habituais e os resultados já começam a ser percebidos poucos dias após o procedimento.
Postado por MGsites Suporte em 01/jun/2020 -
É o tratamento cirúrgico indicado para cálculos renais grandes e complexos, em geral maiores de 2,0cm. O procedimento é minimamente invasivo e um pequeno corte nas costas é realizado para acessar e visualizar a pedra no interior do rim com auxílio do nefrosocópio. Ela é removida completamente ou fragmentada com o litotriptor ultrassônico (uma espécie de broca que quebra a pedra e aspira os fragmentos) ou o auxílio do laser. Este procedimento avançou muito nos últimos anos e nossa equipe acompanhou de perto os aprimoramentos nas técnicas e nos equipamentos para oferecer essas evoluções aos nossos pacientes.
Em casos selecionados é possível utilizar um mini nefroscópio (Mini Percutânea) através de um furo menor ainda nas costas, reduzindo a dor e o sangramento e mantendo a eficiência do procedimento. Em casos complexos com cálculos múltiplos, grandes ou cheios de ramificações dentro do rim (cálculos coraliformes) o tratamento pode ser feito combinando a nefrolitotripsia percutânea e a ureteroscopia flexível o que é conhecido com a sigla ECIRS (do inglês: cirurgia endoscópica combinada intra-renal).
A vantagem dessa modalidade de tratamento é aumentar a limpeza do rim com menor número de furos nas costas, reduzindo a dor e sangramento ainda mais! Apesar de pouco invasivas, todas essas modalidades de nefrolitotripsia percutânea devem ser exclusivamente realizados em hospitais.
A cirurgia é realizada em centro cirúrgico, sob anestesia geral. Inicialmente colocamos um cateter no ureter, utilizando um instrumento chamado cistoscópio. A função deste cateter é a injeção de contraste no rim, o que permitirá identificação do cálculo renal e também a anatomia do órgão facilitando o acesso com auxílio do raio-x ou ultrassom. Puncionamos o rim com uma agulha fina e introduzimos um fio-guia e dilatadores. Assim podemos finalmente introduzir o nefroscópio, outro endoscópio que, conectado a uma câmera, permite avaliação da parte interna do rim, localizar o cálculo, fragmenta-lo e retirar os fragmentos com pinças. Ocasionalmente, o cálculo renal é muito volumoso e, para ser completamente retirado, há necessidade de realização de mais de uma punção no rim. Assim que os fragmentos são retirados, definimos se há necessidade de drenagens com sondas e cateteres, que são utilizados com muita frequência.
O cateter duplo J pode ser utilizado como forma de dreno interno, para impedir que coágulos ou fragmentos de cálculo obstruam o canal do ureter. O paciente recebe alta com o cateter, totalmente implantado dentro do corpo, sem qualquer exteriorização. Outra forma muito comum de drenagem é a sonda de nefrostomia, que é introduzida dentro do rim na área operada, através do pequeno orifício que é feito na região lombar para a realização da cirurgia. Outra sonda é utilizada para drenagem de urina da bexiga.
A presença de sangue na urina no período pós-operatório é rotineira e não deve trazer preocupação. A ocorrência de dor na região lombar é comum, porém, é bem tratada e controlada com analgésicos usuais. Sentir dor leve na porção inferior da barriga, vontade intensa e constante de urinar podem ser relacionados aos aparelhos utilizadas na operação ou ao cateter duplo J. Recomendamos ingerir muito líquido em pequenas quantidades e ter uma dieta mais leve, rica em frutas e vegetais para facilitar o funcionamento intestinal. Outras informações mais detalhadas são fornecidas no manual de cuidados cirúrgicos.
Uma consulta de retorno é marcada após a alta hospitalar e exames de imagem são realizados para acompanhar o resultado do tratamento. Nos casos que recebem alta com o cateter duplo j, um procedimento para retirada precisa ser agendado. Prevenir a formação de novos cálculos é uma etapa fundamental do tratamento. Recomendamos a análise cristalográfica dos cálculos removidos assim como uma avaliação individualizada com o nefrologista.
Postado por MGsites Suporte em 01/jun/2020 -
O cateter duplo j é um tubo fino de material delicado de uso temporário usado normalmente no ureter, que é uma estrutura tubular que leva a urina do rim até a bexiga. O cateter ajuda na drenagem do pós-operatório e facilita a cicatrização cirúrgica. É usado frequentemente após procedimentos para tratamento de cálculos renais e ureterais, mas também para ajudar na desobstrução do rim em caso de tumores e em situações de traumatismo das vias urinárias e cirurgias reconstrutoras.
Com paciente anestesiado, uma delicada câmera é introduzida na uretra (canal da urina) e a bexiga e os ureteres são visualizados. No ureter operado é inserido um fio guia e seu posicionamento é confirmado por radioscopia intra-operatória. O cateter é então posicionado “deslisando” sobre o fio guia até alcançar o rim e posteriormente o fio guia é retirado. Em algumas situações o cateter pode ter um fio amarrado nele que será utilizado para facilitar sua remoção no consultório. Nos casos em que esse fio não é utilizado, um outro procedimento também pelo canal da urina e sem cortes será realizado para a remoção do cateter.
Essa é uma decisão individualizada, baseada no motivo da primeira cirurgia e na necessidade ou não de tratamento complementar. Geralmente o cateter é retirado em torno de 7 a 21 dias, podendo permanecer por até 90 dias. Acima desse tempo, o risco de infecção aumenta e o cateter pode sofrer inscrustração o que dificulta muito sua remoção. Para situações específicas que necessitam do uso do cateter por períodos mais longos, ele deve ser trocado periodicamente ou cateteres especiais de longa permanência devem ser utilizados.
Postado por MGsites Suporte em 01/jun/2020 -
O tratamento cirúrgico do câncer renal pode ser realizado através da remoção completa do rim (Nefrectomia radical) ou parte dele (Nefrectomia parcial). Isso é definido pelo seu urologista levando em consideração o tamanho e localização do tumor no rim e se a remoção do tumor é possível garantindo um tratamento oncológico seguro com o máximo de preservação do tecido renal normal. Esses procedimentos normalmente são feitos por videolaparoscopia ou com auxílio do Robô. As vantagens da utilização da plataforma robótica são mais evidentes nos casos de tumores mais complexos nos quais a visualização 3-D da câmera e as pinças articuladas do robô auxiliam na remoção da lesão e na reconstrução do rim.
A nefrectomia parcial é a retirada de parte do rim normalmente para o tratamento de um tumor. As indicações desse procedimento devem ser revisadas com o seu urologista, que geralmente deve considerar se é possível retirar parte do rim sem comprometer o funcionamento do órgão, garantindo a remoção completa do tumor com o mínimo de risco para você. O planejamento pré-operatório com auxilio dos exames de imagem e reconstrução 3-D das imagens auxilia no planejamento da cirurgia. É um procedimento muito complexo que requer treinamento e experiência da equipe de urologistas. Além disso, as facilidades que a cirurgia robótica oferece nesses casos mais complexos fazem muita diferença durante a sua operação e contribuem para sua recuperação mais rápida.
Por se tratar de um procedimento minimamente invasivo, com pequenos cortes, a recuperação é bastante rápida se comparada com outras técnicas convencionais. Após chegar no quarto você estará liberado para se levantar e fazer pequenas caminhadas caso esteja se sentindo bem. A alimentação é reintroduzida de forma gradual e normalmente no primeiro dia de pós-operatório avaliamos se há condições para a alta hospitalar.
Medicamentos para dor são prescritos e devem ser utilizados se necessário. Caminhadas podem ser iniciadas assim que se sentir confortável para fazê-las. Alimentação leve e hidratação frequente nesse período são recomendáveis. Outras informações mais detalhadas serão fornecidas no seu manual de cuidados cirúrgicos.
A consulta de pós-operatorio normalmente é agendada em torno de 15 dias após a cirurgia e quando o resultado da biópsia fica pronto avaliamos o diagnóstico final e programamos como será o seu acompanhamento e por quanto tempo será necessário.
A nefrectomia radical é a retirada completa do rim para o tratamento de um tumor. As indicações desse procedimento devem ser revisadas com o seu urologista que vai determinar se é possível realizar o procedimento de forma minimamente invasiva através da cirurgia laparoscópica ou com auxílio da robótica ou se a cirurgia aberta está indicada. No caso das cirurgias minimamente invasivas a evolução do pós operatório é bem semelhante ao que foi descrito anteriormente em relação à Nefrectomia parcial, com menos dor e recuperação mais rápida.
Postado por MGsites Suporte em 01/jun/2020 -
A Energia BIPOLAR é uma fonte de energia mais segura em comparação à terapia monopolar tradicionalmente utilizada nas ressecções de próstata (RTU). Isso significa que haverá menos danos térmicos e sangramentos durante o procedimento e, portanto, menos dor, desconforto e infecção após a operação. Isso também reduzirá seu tempo no hospital em comparação à terapia monopolar. Além disso, com a utilização da energia bipolar, não há risco da síndrome de ressecção transuretral, causada pela absorção do líquido de irrigação que pode acarretar problemas cardíacos e neurológicos potencialmente graves.
Estatisticamente, dentro do primeiro ano após o tratamento, o IPSS, um escore que avalia a gravidade de sintomas relacionados ao crescimento da próstata melhora permanentemente. O tratamento não apenas fornece resultados duradouros, mas também permite que você descontinue seu medicamento após a cirurgia. Os sintomas são reduzidos de maneira tão efetiva e permanente quanto no procedimento padrão, mas com um perfil perioperatório mais favorável.
Milhões de procedimentos utilizando a energia BIPOLAR foram realizados em todo o mundo nos últimos dez anos. Essa é uma das razões pelas quais a Associação Europeia de Urologia (EAU) descreve essa terapia em suas diretrizes atuais como um dos tratamentos de primeira escolha recomendado para todos os tamanhos de próstata. A EAU é a principal autoridade científica urológica da Europa e promove padrões de cuidado e prática que são referência em todo o mundo.
Com a energia bipolar é possível realizar apenas a vaporização do tecido no caso de próstatas menores e obstrutivas. No caso de próstatas medianas, a técnica de ressecção transuretral (RTU) pode ser realizada, mas com menor sangramento e maior segurança em relação ao procedimento utilizando a energia monopolar. Em próstatas volumosas é possível realizar a enucleação (BIPOLEP) de todo o tecido prostático aumentado garantindo uma excelente desobstrução da via urinária e resultados mais duradouros.
A RTU da próstata continua sendo o tratamento mais comum para HBP oferecido pela maioria dos urologistas. Nessa técnica a próstata é “fatiada” em pedaços para que depois sejam removidos pelo canal da urina. O problema da RTU tradicional é que o líquido usado no procedimento para conduzir a corrente monopolar pode ser absorvido pelo paciente podendo causar problemas cardiovasculares e neurológicos potencialmente graves.
No caso da RTU BIPOLAR, uma corrente elétrica bipolar de alta frequência é usada para criar a coroa de plasma que vaporiza o tecido prostático e o líquido de irrigação utilizado é o soro fisiológico. Com isso, a mesma técnica da RTU tradicional pode ser utilizada mas com maior segurança para o paciente e para o urologista.
Essa técnica diferenciada usa a anatomia natural da próstata como referência. O urologista opera “descascando” o tecido crescido da cápsula da glândula. Uma vez localizadas as camadas certas, cada lóbulo da próstata é retirado em uma única peça. No caso de uma enucleação em bloco, os lobos são empurrados para a bexiga, onde são fragmentados e aspirados por um morcelador. No caso de enucleação em 2 ou 3 etapas, os lóbulos removidos ainda estão conectados à cápsula através de uma ponte de adenoma e, em seguida, são ressecados em pedaços com uma alça. Esse tratamento é normalmente indicado para próstatas grandes (maiores que 80 gramas) e fornece uma alternativa à cirurgia aberta.