Câncer de próstata

Câncer de próstata

Muitos homens, ao se depararem com o diagnóstico de câncer de próstata, acham que a vida nunca mais será a mesma. Antes de tudo é crucial reforçar que a avaliação do urologista e o diagnóstico precoce fazem muita diferença.

Alguns pacientes com câncer de próstata buscam ajuda médica apenas quando a doença se torna sintomática e nessa fase ela geralmente já está bastante avançada o que compromete o tratamento curativo e reduz a chance de sobrevivência.

O DIAGNÓSTICO

O rastreamento para diagnóstico inicial do câncer de próstata começa com a realização da consulta urológica que inclui dois exames iniciais:
• Toque retal (parte do exame físico);
• PSA (detectado no sangue);

Quando o urologista identifica uma alteração suspeita no toque retal e/ou no antígeno prostático específico (PSA), outros exames como a ressonância magnética multiparamétrica e o ultrassom transretal com biópsia podem ser necessários para confirmar o diagnóstico.

Todo homem a partir dos 50 anos deve realizar uma consulta com um urologista para discutir o rastreamento do câncer de próstata. No caso de homens com fatores de risco para a doença, como história familiar de câncer de próstata ou mama, ser preto ou ter obesidade, essa avaliação deve começar mais cedo, por volta dos 45 anos.

O TRATAMENTO

O tratamento do câncer de próstata diagnosticado precocemente e localizado apenas na próstata tem como objetivo a cura da doença. As principais opções de tratamento são a cirurgia (prostatectomia radical) e a radioterapia.

No tratamento cirúrgico, a próstata e as vesículas seminais são totalmente retiradas, a bexiga e a uretra são costuradas para refazer o trânsito urinário. O procedimento pode ser realizado de forma minimamente invasiva através da laparoscopia pura ou com auxílio da cirurgia robótica.

No caso da radioterapia, a próstata não é retirada e o tratamento é realizado pela aplicação de radiação sobre ela em várias sessões com intuito de matar as células do tumor.

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VIVENDO APÓS A CIRURGIA

A maioria dos homens se preocupam com as consequências dos tratamentos para o câncer de próstata. Felizmente, com a evolução nos tratamentos e com os avanços tecnológicos na Medicina, a qualidade de vida após o tratamento da doença tem melhorado.

Com o diagnóstico precoce, tratamentos mais localizados e menos agressivos podem ser empregados e o acompanhamento vigilante da doença pode até ser uma opção, o que já é um primeiro passo para minimizar possíveis sequelas.

A prostatectomia minimamente invasiva proporciona menos dor, menos sangramento e alta hospitalar precoce, acelerando a recuperação. Com a cirurgia robótica o urologista é capaz de preservar melhor os nervos que controlam a ereção e com mínimo trauma nessas estruturas, também acelerando o retorno da função sexual. Existem outros fatores relacionados à saúde do paciente que aumentam ou diminuem as chances de manter a função sexual e o tratamento da disfunção na ereção vai levar isso em conta.

A próstata é responsável por produzir uma parte do esperma e, portanto, a ausência da ejaculação é uma situação irreversível após a retirada radical da próstata. Isso, a princípio não afetaria diretamente a ereção ou o desejo sexual, mas compromete a fertilidade do homem. Homens jovens, sem filhos ou aqueles que ainda tem o desejo de ser pai, devem ser aconselhados antes do tratamento do câncer sobre as opções existentes nesse caso.

Tanto a radioterapia quanto a cirurgia podem afetar o controle da urina após o tratamento, causando incontinência urinária, que é a perda involuntária de urina. Com os mais modernos aparelhos de radioterapia e contando com urologistas treinados nos avanços tecnológicos comentados anteriormente, a frequência desse problema, assim como a gravidade, vem diminuindo. Aqui também fatores individuais dos pacientes contribuem para amenizar ou piorar o problema. Mesmo nos casos em que a incontinência não se resolve espontaneamente depois de um tempo após o tratamento, existem formas de corrigir esse problema.