UROLIFT: Novo tratamento minimamente invasivo para HPB
Data de publicação: 24/05/2022
INTRODUÇÃO
A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) afeta cerca de 40% dos homens na faixa dos 50 anos, aumentando a sua incidência progressivamente com o avançar da idade. A hiperplasia benigna surge ao redor da uretra, comprimindo o canal, dificultando a passagem da urina e provocando sintomas. A técnica do UROLIFT chega como mais uma opção de tratamento minimamente invasivo, sem cortes ou ressecção da próstata, indicado para alguns dos pacientes com HPB.
A partir de agora vamos entender melhor a técnica do UROLIFT, como é realizada, quais as suas vantagens e quem mais se beneficiaria com ela.
O QUE É HPB?
A hiperplasia prostática benigna é caracterizada pelo crescimento não tumoral da próstata, mais comumente em homens a partir dos 50 anos.
Embora não seja um câncer, essa condição, se não tratada, pode impactar de diversas formas a saúde masculina. Como dito anteriormente, a hiperplasia cresce estrangulando a uretra e acaba provocando sintomas como:
- Dificuldade na micção
- Maior frequência das idas ao banheiro
- Dificuldade em esvaziar a bexiga
- Impacto no controle da micção
- Dor ao urinar e/ou ejacular
TRATAMENTOS ATUAIS
O tratamento medicamentoso, em geral, combina uma droga que relaxa a musculatura uretral melhorando a sensação de urinar e outra droga que bloqueia a testosterona, impedindo o crescimento da próstata. Além de não conseguir desentupir o canal tão bem quanto as cirurgias, os medicamentos têm efeitos colaterais desagradáveis para muitos homens, como redução na ejaculação e no desejo sexual. Isso leva muitos deles a desistirem do tratamento ou buscarem outras alternativas.
Os tratamentos cirúrgicos, em geral, pautam-se na ressecção de parte da próstata, reduzindo o seu tamanho para uma medida aceitável. A cirurgia aberta e a RTU de próstata monopolar ainda são as modalidades mais realizadas, apesar de não apresentarem os melhores resultados. Novas técnicas minimamente invasivas tem surgido para melhorar esse cenário, como, por exemplo:
• Tratamento com energia bipolar (Plasma Button, enucleação bipolar)
• Enucleação com Laser (HOLEP)
A evolução nas terapias cirúrgicas minimamente invasivas melhorou os resultados e reduziu as complicações dos tratamentos antigos, mas ainda são realizadas em ambiente cirúrgico hospitalar e em pacientes com melhores condições clínicas. Como essas técnicas envolvem a ressecção de parte da próstata, isso melhora muito as questões urinárias, mas pode ter impacto negativo nas questões sexuais.
UROLIFT
O UROLIFT chega como uma opção para aqueles pacientes que — por questão de saúde — não podem se submeter aos outros procedimentos ou que não desejam um procedimento cirúrgico mais definitivo e invasivo.
Nessa técnica uma série de implantes permanentes que comprimem as extremidades internas da próstata são aplicadas através da uretra, sem cortes, liberando espaço para o fluxo de urina e proporcionando, assim, o alívio imediato dos sintomas.
O procedimento pode ser realizado sem a necessidade de internação hospitalar e pode ser feito até mesmo com anestesia local em pacientes mais frágeis, prática comum nos Estados Unidos, onde o UROLIFT tem sido um dos tratamentos de HPB mais procurado pelos homens.
Os estudos sobre o UROLIFT têm mostrado bons resultados sustentados por até 5 anos. Além disso, é o tratamento de HPB que menos interfere na ejaculação e na ereção.