Prostatectomia radical (Câncer de Próstata)
(Câncer de próstata)
A Prostatectomia radical (PR) é a remoção cirúrgica de toda a próstata e das vesículas seminais. Esse procedimento é utilizado no tratamento do câncer de próstata e a indicação no seu caso deve ser discutida individualmente com seu urologista. O objetivo dessas recomendações é tirar algumas das dúvidas mais frequentes que você possa ter relacionadas ao procedimento.
O procedimento
A prostatectomia radical pode ser realizada através de cirurgia aberta ou por laparoscopia pura ou com auxílio da plataforma robótica. Em todos os procedimentos a próstata e as vesículas seminais são totalmente removidas e bexiga e a uretra são conectadas através de pontos. Uma sonda é passada pelo pênis para ajudar na cicatrização. Essa sonda é removida em torno de 7 dias após o procedimento. Em alguns casos existe necessidade também de remover os linfonodos (gânglios) da região pélvica. A inidicação desse procedimento é definida pelo seu urologista no pré operatório. No caso da cirurgia aberta, uma incisão é feita na sua parede abdominal ou períneo por onde o cirurgião acessa diretamente a próstata.
Na cirurgia laparoscópica pequenos tubos de plástico ou metal são introduzidos por pequenas incisões na sua parede abdominal. Uma câmera é introduzida por um desses tubos e o seu urologista consegue ter uma boa visão da sua próstata em um monitor.
O procedimento laparoscópico pode ser realizado com o auxílio da plataforma robótica que fornece uma visão 3-D ainda melhor da próstata, dos vasos sanguíneos e dos nervos ao redor da próstata além de proporcionar ao cirurgião movimentos mais precisos e delicados.
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Como é a Cirurgia Robótica da próstata?
Preparo pré operatório
Alguns exames laboratoriais serão solicitados, como cultura de urina, para identificação de possíveis germes; avaliação da coagulação; hemograma e creatinina.
Medicações que alteram a coagulação, como anticoagulantes e ácido acetilsalicílico, devem ser descontinuados, se possível, de cinco a sete dias antes da cirurgia.
Pacientes cardiopatas ou com mais idade devem ser avaliados pelo cardiologista.
Recomendamos também a avaliação pré-anestésica com médico anestesiologista antes da operação.
Recomendamos uma consulta com a fisioterapeuta da equipe que faz uma avaliação da musculatura e orienta exercícios para o assoalho pélvico, com intuito de facilitar sua recuperação no pós operatório.
Deve ser observado o período de jejum antes do procedimento – 8 horas para alimentos sólidos e até 2 horas para líquidos claros (água, chá e sucos artificiais).
Você receberá um documento chamado consentimento informado com informações sobre sua operação e riscos inerentes ao ato.
Não se esqueça de levar todos os exames, inclusive imagens, documentos e relatórios no dia da sua operação.
Sempre discuta amplamente com seu urologista sobre todas as dúvidas relacionadas às etapas do seu tratamento.
O que esperar depois do procedimento
Após o término do procedimento você deverá permanecer um breve período na sala de recuperação anestésica antes de ser encaminhado para o quarto. Ao chegar no quarto, algumas dessas situações poderão ocorrer, veja como lidar com elas:
A presença de sangue na urina no período pós-operatório pode ocorrer e não deve trazer preocupação, desde que não muito intensa e com coágulos que podem obstruir a sonda. Nesse caso as enfermeiras devem ser prontamente comunicadas.
Náuseas também podem ocorrer. Inicialmente serão oferecidos líquidos e, assim que bem tolerados, a dieta sólida pode ser oferecida logo após a operação.
A ocorrência de dor na região dos cortes é comum, porém, é bem tratada e controlada com analgésicos usuais que vamos deixar prescritos para você.
Não há restrição para movimentos após a cirurgia. O único cuidado é ficar algum tempo assentado na cama antes de se levantar. Caso esteja se sentido bem, você poderá levantar-se e andar no mesmo dia da operação. Isso previne a trombose e acelera a recuperação dos movimentos intestinais.
Você vai para casa com a sonda da bexiga. Aproveite para aprender a esvaziar e manusear a sonda enquanto internado. Caso tenha dúvidas sobre seu funcionamento, não hesite em perguntar antes da alta.
O que esperar ao retornar para casa
A alta hospitalar ocorre geralmente no dia seguinte da operação.
Você deve ingerir muito líquido, pelo menos 2 litros por dia, em pequenas quantidades. Recomendamos também uma dieta mais leve, rica em frutas e vegetais para facilitar o funcionamento intestinal.
Evite atividades físicas extenuantes e pegar peso na primeira semana. Dê um tempo para seu organismo se recuperar nesse período.
Evite deixar a bolsa da sonda muito cheia e a esvazie regularmente. Evite também deixá-la no chão ou pendurada acima da altura do umbigo. Higienize a sonda no banho com água e sabonete.
As feridas normalmente não necessitam de curativo em casa e a limpeza durante o banho com água e sabonete é suficiente.
Alguns sinais de alerta necessitam de avaliação. Não hesite em entrar em contato com a nossa equipe ou procurar o serviço de emergência do hospital no qual o procedimento foi realizado em caso de:
Febre acima de 38.5 grau
Náusea e vômitos frequentes
Dor no peito e dificuldade em respirar
Sangramento na urina em maior quantidade que não melhora com hidratação e na presença de coágulos
Vermelhidão, inchaço e dor exagerada nas feridas abdominais e saída persistente de líquidos pela cicatriz
Urina turva com forte odor e sensação de ardor importante
Acompanhamento pós procedimento
A primeira consulta com seu urologista deve ser marcada em torno de 7 dias após a alta hospitalar. Nessa consulta a sonda da bexiga será retirada e recomendamos que você leve algum protetor íntimo ou fralda para pequenas perdas de urina que eventualmente ocorram nesse dia.
O primeiro exame de PSA deve ser colhido em torno de 60 dias após a operação. Nessa ocasião o resultado da biópsia será analisado em conjunto ao PSA para definir as próximas etapas do tratamento. O exame de PSA será repetido periodicamente por um bom tempo para a avaliar a eficácia do tratamento.
A operação pode ser o único tratamento necessário para o câncer de próstata em alguns pacientes. Se durante o acompanhamento alguma anormalidade nos exames for detectada, seu urologista irá indicar a melhor forma de lidar com essa situação. Manter o controle nessa fase é essencial para o sucesso do tratamento.